Conforme se observa na figura 12A, ele interliga os dois corpos. Em termos de comparação podemos dizer que ele é o "fio telefônico" que, do corpo Astral, leva até ao "fim da linha", ou seja, ao corpo Físico, as impressões e determinações que, originárias da Consciência, percorrem todo o conjunto de corpos.
Vejamos algumas características do cordão de Prata: Embora ainda sem maiores definições, sabe-se, porém, que o cordão de prata não é um só elemento. É formado pelo conjunto de incontáveis e tenuíssimos filetes de energia. Cada um destes, por sua vez, e de algum modo, acha-se enraizado na intimidade de cada célula do corpo Físico, como, esquematicamente, demonstra a figura 12B.
Mesmo tendo enraizamento intracelular por todo o corpo Físico, seu núcleo mais denso é notado na região cerebral, levando a crer que o centro de sua maior ligação seja com a glândula Pineal, ou epífise. Na figura 12C vê-se essa representação.
A glândula pineal é de vital importância, tanto para o funcionamento orgânico em si, como para o intercâmbio mediúnico das comunicações paranormais.
Em razão do enraizamento intracelular do cordão de Prata, estando o corpo Astral acoplado ao corpo Físico, ele desaparece. Ocorrendo a descoincidência desses corpos, ou seja, separando-se o corpo Astral do corpo Físico, e quanto mais aquele se distanciar deste, os incontáveis filetes juntam-se formando um único feixe, com a aparência de um cordão. Quanto maior for a distância que separa os dois corpos, mais delgado vai se tornando o cordão.
Veja a figura ao lado, 12D, em que, saindo de todo o corpo Físico, forma-se um cordão interligando-o ao corpo Astral.
Outra característica é a da elasticidade. Esta, no cordão de Prata é espantosa. O distanciamento que o corpo Astral pode manter do corpo Físico sem que ocorra o rompimento do cordão de Prata, ao que tudo indica, é ilimitado. Obviamente guardando-se as possibilidades de distanciamento que cada pessoa possa atingir em suas viagens astrais.
Seja para as viagens apenas no ambiente terrestre quanto para os desprendimentos em deslocamentos interplanetários. O que restringe as distâncias não é o cordão de Prata, mas sim, as condições evolutivas de cada SER. Alguns conseguem distanciar-se indo até a outros planetas, enquanto outros, por involução, ainda não podem arredar o pé do quarto onde dormem.
Mais um detalhe: Nas horas de vigília o corpo Astral comanda o Físico de forma direta, pois que um e outro estão acoplados. Nas horas de sono, e no caso do sonâmbulo, como veremos a seguir, o corpo Astral comanda o corpo Físico à distância, via cordão de Prata. Desta forma, no acontecimento conhecido pelo nome de sonambulismo, o cordão de Prata tem acentuada função. Nestes casos, mesmo estando desdobrado, a ação do corpo Astral sobre o
corpo Físico se faz sentir em tal intensidade que este, inicialmente em repouso, se vê compelido a
se levantar, andar e a realizar atos dos quais seu protagonista depois não se lembra.
Na clarividência viajora1 a situação é mais ou menos idêntica à descrita para o sonambulismo, com a diferença de que, na clarividência viajora, o médium se presta conscientemente a ela. Deixando o corpo Físico, seu corpo Astral vai (viaja) ao local da visão e de lá, via cordão de Prata, relata, pela voz de seu corpo Físico, o que está vendo com os olhos astrais.
Ainda nos casos de descoincidência dos corpos, lembramos que é o cordão de Prata o responsável por manter em funcionamento as atividades vitais do corpo Físico, seja durante o sono comum ou durante as viagens astrais. Por seu intermédio transferem-se do corpo Astral para o corpo Físico os comandos da consciência.
Comentando um pouco sobre o desdobramento consciente, ou projeção astral, os grandes empecilhos para efetuá-lo com maior desenvoltura e abrangência são:
a) o medo de, por algum motivo, não conseguir retornar ao corpo Físico;
b) o medo que vem do imaginar que o cordão de Prata possa se romper durante a projeção e, com isso, provocar a morte do corpo Físico.
Entretanto, ambas as hipóteses não acontecem. A ruptura definitiva do cordão de prata só ocorre quando da morte do corpo Físico, e tal só acontece com a saída em definitivo, por motivos vários, do espírito que aquele corpo animava.
Por exemplo, quando há falência de órgãos vitais seja por idade, seja por doenças ou por traumas em acidentes. Em tais situações, como não há resposta de um determinado órgão vital para a continuidade do funcionamento de todo o organismo, o espírito se desvincula de seu veículo terrestre. Não o contrário, quer dizer, o espírito sair em definitivo porque se rompeu o cordão de Prata.
E por última definição, o nome cordão de prata. Esse nome deriva do aspecto e coloração que o mesmo apresenta aos olhos dos videntes, dos projetores e dos desencarnados. Na sua coloração, embora variando de pessoa a pessoa, predomina a cor branca-cinzenta brilhante, fosforescente.
Cordão de Ouro
Analogamente ao cordão de Prata, descrito acima, e embora ainda sem maiores detalhes descritivos, temos o cordão de Ouro. As dificuldades em descrevê-lo vêm do fato de sua localização estar entre o corpo Astral e o corpo Mental, numa dimensão que poucos clarividentes têm acesso. Na figura 12E temos, esquematicamente, a apresentação do cordão de Ouro.
Além disso, energeticamente, é muito sutil, passando, por isso, despercebido. Apesar da dificuldade de se constatá-lo, podemos concluir de sua existência por força de uma analogia. Por exemplo: quando do desdobramento entre o corpo Físico e o corpo Astral, permanece um elemento de ligação entre ambos, assegurando, com isso, a continuidade da vida física.
Desse modo, como já se sabe que também ocorre desdobramento entre o corpo Astral e o corpo Mental, para que não aconteça descontinuidade consciencial do SER em todos os planos que, no momento, ele vivencie, há entre estes dois corpos um elo que tomou o nome de cordão de Ouro.
Suas funções são: interligar o corpo Astral ao corpo Mental; Quando em estados de descoincidência desses dois corpos, mantém a vitalidade do corpo Astral e o acesso dos comandos da consciência sobre este.
Algumas diferenças entre os dois cordões: o cordão de Prata apresenta forma, volume e peso bem diferentes do cordão de Ouro. Supõe-se, por isso, que o cordão de Ouro seja um elemento de energia sutilíssima. O nome, cordão de Ouro, provém da coloração que ele apresenta, que é a dourado brilhante.
Portanto, embora conhecendo-se pouco a respeito do cordão de Ouro, para nosso estudo, porém, é suficiente que saibamos de sua existência.
Isto impede que se formem julgamentos imaginando que não exista um liame ligando o corpo Astral ao corpo Mental. Além do que, dará compreensão racional a determinados fenômenos psíquicos.
Bibliografia para Cordão de Prata
Autor - Livro - Editora
Allan Kardec - O Livro dos Espíritos, perguntas 135, 135a, 155, 155a, 401 e 437 - Livraria Allan Kardec Editora
Allan Kardec - O Livro dos Médiuns, questões 172 a 174 - Livraria Allan Kardec Editora
Léon Denis - No Invisível, capítulo 12 e págs. 132 e 153 - Federação Espírita Brasileira
André Luiz/Francisco C. Xavier - Nosso Lar, capítulo 33 e pág 182 - Federação Espírita Brasileira
André Luiz/Francisco C. Xavier - Os Mensageiros, pág. 250 - Federação Espírita Brasileira
André Luiz/Francisco C. Xavier - Nos Domínios da Mediunidade, pág. 98 - Federação Espírita Brasileira
André Luiz/Francisco C. Xavier - Mecanismos da Mediunidade, capítulo 21 e págs. 104 e 149 - Federação Espírita Brasileira
André Luiz/Francisco C. Xavier - Evolução em Dois Mundos, pág. 132 - Federação Espírita Brasileira
Hernani Guimarães Andrade - Espírito, Perispírito e Alma, capítulo 7 e págs. 111 e 148- Editora Pensamento
Waldo Vieira - Projeções da Consciência, págs. 53, 84, 147 e 176 - Livraria Allan Kardec Editora
Waldo Vieira - Projeciologia, capítulos 96 e 101 - Edição do Autor
Lancellin/João Nunes Maia - Iniciação-Viagem Astral, todo o livro - Editora Espírita Cristã Fonte Viva
Charles W. Leadbeater - Clarividência - Todo o livro - Editora Pensamento
Yvonne A. Pereira - Memórias de um Suicida, págs. 48 e 49 - Federação Espírita Brasileira
Bibliografia para Cordão de Ouro
Autor - Livro - Editora
André Luiz/Francisco C. Xavier - Nosso Lar, capítulo 36 e páginas 196 e 197 - Federação Espírita Brasileira
Waldo Vieira - Projeciologia, capítulos 112 a 115 - Edição do Autor
http://www.vivenciasespiritualismo.net
1Clarividência viajora. Percepção visual à distância, que permite à pessoa a captação de cenas e imagens de um local físico distante ou de outras dimensões. O mesmo que visão remota. As informações obtidas através da clarividência viajora podem ser confirmadas posteriormente. Alguns casos registrados desse fenômeno foram com os clarividentes Ingo Swan e Harold Sherman que, pela clarividência, em 1973, exploraram os planetas Júpiter e Mercúrio antes mesmo das sondas espaciais Voyager e Discovery, as quais posteriormente confirmaram observações realizadas pelos clarividentes.